Ex-delegado do Sarandi é condenado por receber propina do jogo do bicho

Ex-delegado do Sarandi é condenado por receber propina do jogo do bicho

17 de janeiro de 2022 0 Por admin

O delegado Reginaldo Caetano e o investigador Paulo Enrique, da Polícia Civil, foram condenados pela 4ª. Vara Criminal de Maringá por envolvimento com o jogo do bicho. Além de pena de prisão e multas, os dois poderão perder o emprego público, conforme pedido do Ministério Público do Paraná na mesma denúncia que apontou que os dois recebiam propina de gerentes de bancas do jogo do bicho para não incomodarem o exercício da atividade ilegal.

Os dois ainda podem recorrer na Justiça.

Tanto Caetano quanto Enrique já foram lotados na Delegacia de Polícia de Sarandi.

Além dos dois policiais, a Justiça condenou um servidor da prefeitura de Ivatuba que havia sido cedido à Delegacia de Polícia, além de outras oito pessoas ligadas ao exercício da contravenção.

A denúncia do Ministério Público baseou-se na investigação policial que resultou na Operação Barão de Drummond, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em agosto de 2017, que prendeu o delegado e o investigador, além de banqueiros do jogo do bicho. A investigação tinha começado em 2016.

Embora Reginaldo Caetano tivesse sido delegado de Sarandi, quando da prisão ele estava lotado na delegacia de Altônia, próxima ao Rio Paraná. Já o investigador, também com passagem por Sarandi, já trabalhou também em Paiçandu.

O delegado, o investigador e o funcionário da prefeitura de Ivatuba também foram condenados à perda de suas funções. As demais penas dos outros oito réus variaram de três anos, um mês e dez dias a até quatro anos, um mês e dez dias de reclusão, além do pagamento de 32 a 95 dias-multa (cada dia-multa equivale a 1/30 do salário mínimo). Alguns dos réus tiveram o benefício de substituição das penas de reclusão por penas restritivas de direitos, que implica na prestação de serviços à comunidade e restrição de fim de semana, conforme determina a legislação vigente.