Ricardo Barros fala de Francisco Dornelles como “professor” e lamenta a morte do amigo

Ricardo Barros fala de Francisco Dornelles como “professor” e lamenta a morte do amigo

23 de agosto de 2023 0 Por Redação

O secretário da Indústria e Comércio do Paraná, Ricardo Barros, foi um dos primeiros políticos a se manifestar publicamente sobre a morte do ex-ministro Francisco Dornelles nesta quarta-feira, aos 88 anos. Em uma foto de 2009 tirada em Maringá, publicada em suas redes sciais, Ricardo Barros lamenta a morte daquele que ele considerava um mestre da arte da política. Barros e Dornelles eram correligionários, sendo que o ex-ministro já foi presidente do Progressistas (PP) e atualmente era presidente de honra.

Em suas redes sociais, Ricardo Barros, que é deputado federal licenciado, cita o ex-ministro como “exemplo de homem público, professor de muitos de nós”.

Dornelles esteve em Maringá a convite de Barros, acompanhando o então ministro das Cidades, Márcio Fortes, para inaugurar um conjunto de apartamentos para público da terceira idade, nas proximidades da Delegacia da Polícia Federal.

Em 2009, quando senador, Dornelles voltou a Maringá em uma comitiva com quatro deputados federais de diferentes Estados brasileiros, visitou obras de infraestrutura com o então prefeito Silvio Barros executadas com recursos federais. Integraram a comitiva os deputados João Pizzolati – de Santa Catarina; Ciro Nogueira – do Piauí – e os paranaenses Dilceu Sperafico e André Vargas. Eles vieram a Maringá a convite do deputado federal Ricardo Barros.

Professor de muitos de nós

Quando Ricardo Barros chegou a Brasília como deputado federal, logo depois de ter sido prefeito de Maringá, já encontrou Dornelles como veterano na política. Ele iniciou a sua carreira como político trabalhando com o seu tio paterno Tancredo Neves na Secretaria de Finanças de Minas Gerais em 1959. Por influência dele atuou junto ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Durante o período de Tancredo como primeiro-ministro do país, foi seu secretário particular.

Após a saída de Tancredo do cargo de primeiro-ministro, se afasta da vida partidária e se dedica à carreira acadêmica. A partir de 1972, assume diversos cargos no governo federal da ditadura militar (Arena).

Foi secretário da Receita Federal em 1979 e em 1985 ministro da Fazenda escolhido pelo presidente eleito indiretamente Tancredo Neves e mantido por José Sarney, que acabaria por assumir a Presidência.

Ricardo Barros lamenta
Francisco Dornelles em Maringá em 2009 com outros políticos recebidos pelo deputado Ricardo Barros Foto: Arquivo

Em 1984, com a articulação da candidatura de Tancredo à presidência da República, se aproxima do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Em 1986, se elege deputado federal pelo Partido da Frente Liberal (PFL), onde permanece até 1993, quando retorna ao partido sucedâneo da ARENA – o Partido Democrático Social (PDS) – e suas denominações seguintes (PPR/PPB/PP), sendo entre 2007 e 2013 presidente nacionalmente do partido, já então denominado Partido Progressista, sigla da qual foi presidente de honra até o seu falecimento. Transmitiu a presidência do partido ao também senador Ciro Nogueira.

Foi eleito deputado federal pela primeira vez em 1986, tendo sido reeleito por mais quatro vezes seguidas. Disputou a prefeitura do Rio de Janeiro em 1992, tendo obtido o 7º lugar.

Foi também o ministro da Indústria e Comércio e o ministro do Trabalho, no governo Fernando Henrique Cardoso.

Em 1987, como deputado federal, Dornelles foi admitido já no grau de Grã-Cruz à Ordem do Mérito, de Portugal. Em 1999, como ministro, foi condecorado por FHC com a Ordem do Mérito Militar no grau de Grande-Oficial especial. Em 2006, foi eleito senador pelo Rio de Janeiro.

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