Com apoio da Polícia Civil e Polícia Militar, agentes do Instituto Médico Legal (IML) de Apucarana invadiram o velório de Flaudemir Batista da Silva, o Flau, neste sábado, 18, e retiraram o caixão. O corpo foi levado para nova necrópsia após surgir a suspeita de que Flau foi vítima de homicídio e teria morrido após espancamento.
Membro da comunidade LGBTQIA+, Flau, de 53 anos, estudou na Faculdade de Ciências Econômicas de Apucarana, a Fecea, e trabalhava na Cooperativa Confepar Agro Industrial.
A ação policial foi resultado de denúncias da comunidade gay, após algumas pessoas constatarem hematomas no rosto do morto e um corte na cabeça, próximo à orelha. Surgiu a suspeita de que outras marcas de violência pudessem estar em outras partes do corpo.
A organizadora da Parada LGBTI+, Renata Borges Branco, disse que era necessário que o caso fosse investigado imediatamente, antes do sepultamento, porque depois seria mais complicado para se pedir uma exumação.
O laudo da morte de Flaudemir Silva constava morte por causa indefinida, mas diante das novas suspeitas o delegado se apressou em determinar que o IML verificasse a situação do corpo. Dependendo do laudo, a polícia iniciará investigações para descobrir o responsável pelas agressões ao rapaz.