Motorista que causou acidente que matou o menino Ryan pega 41 anos de prisão

O motorista que, embriagado, provocou um acidente na BR-376, em Sarandi, matando o menino Ryan de Araújo Santana, de 10 anos, e deixando outras 10 pessoas feridas, além de ameaçar com um facão pessoas que tentavam socorrer os feridos, foi condenado a 41 anos e 2 meses de prisão no julgamento realizado nesta quarta-feira, 17, no Tribunal do Júri de Sarandi.

Plínio José Cesso, de 41 anos, já foi transferido da Casa de Custódia, onde aguardava o julgamento, para a Panitenciária Estadual de Maringá (PEM) para o cumprimento da pena. Ele foi denunciado pelo Ministério Público por 19 crimes, sendo 1 homicídio, 1 tentativa de homicídio simples, 10 tentativas de homicídio qualificado, 5 ameaças e embriaguez ao volante, e condenado por todos eles.

O advogado José Carlos Ragioto, que esteve à frente da defesa, falou da possibilidade de recorrer por entender que a pena imposta é desproporcional.

Duas vezes no mesmo lugar e embriagado

O acidente provocado por Plínio Cesso aconteceu na noite de Natal de 2021 na BR-376, no trecho entre Sarandi e Marialva. Dirigindo uma caminhonete supostamente em alta velocidade, ele bateu na traseira de um carro em que uma família seguia para a ceia de Natal. Outro veículo que seguia no mesmo sentido, também acabou se envolvendo. Dez pessoas ficaram feridas e o garoto Ryan Araújo Santana, de 10 anos, não resistiu.

Vários veículos pararam e as pessoas tentavam socorrer os feridos, mas Plínio armou-se com um facão e impedia que as pessoas se aproximassem das vítimas. Ele estava completamente embriagado e só parou quando a polícia chegou e o prendeu.

Nos meses seguintes Plínio Cesso aceitou exigências da Justiça para que pudesse aguardar pelo julgamento em liberdade. Ele teria várias exigências a serem cumpridas, como não sair a noite, não frenquentar bares, não dirigir e nem se ausentar de Sarandi. Porém, poucos dias depois ele causou outro acidente na BR-376, próximo ao local do acidente que matou Ryan e feriu seus familiares. Plínio estava dirigindo sem autorização e embriagado. Como resultado, perdeu o direito de aguardar em liberdade pelo julgamento.