Aos 40 anos, Sarandi conta uma nova história

Ao falar sobre o aniversário de 40 anos de Sarandi, o prefeito Walter Volpato (PSC) faz questão de nomear um por um todos os prefeitos que Sarandi teve e destacar o desafio de cada um deles para conseguir administrar um município onde a população crescia em um ritmo impossível de se oferecer infraestrutura no mesmo ritmo.

“Depois das geadas de 1975, que dizimaram a cafeicultura e provocaram o maior êxodo rural da história do Brasil, os milhares de pessoas saíram das fazendas para as cidades, mas não tinham  condições financeiras para comprar uma data em Maringá ou mesmo pagar um aluguel e acabavam vindo para Sarandi, onde os terrenos eram baratos”, diz o prefeito, lembrando da rapidez em que os loteamentos eram vendidos e ocupados.

“Era muita gente chegando e o poder público não conseguia construir escolas, postos de saúde e nem mesmo oferecer ruas em boas condições. Com isso os problemas foram se acumulando e tivemos uma cidade-problema”.

Volpato pode se dar ao luxo de dizer que viu sua cidade crescer. Ele nasceu em Sarandi antes da cidade e tanto a viu nascendo e crescendo quanto a cidade o viu crescer, do menino que nasceu e viveu seus primeiros anos em uma fazenda da Estrada Aquidabã, que depois foi para o pequeno núcleo urbano estudar na Escola Olavo Bilac, viu a chegada da energia elétrica, a igrejinha de madeira virar paróquia, a escolinha isolada Olavo Bilac virar escola municipal, depois grupo escolar e por último colégio; mais tarde o adolescente Walter ia de bicicleta trabalhar em uma malharia em Maringá, depois montou um pequeno comércio de materiais de construção, se tornou empresário, participou do movimento pela emancipação do lugar, virou um líder, disputou uma eleição atrás da outra até ganhar o direito de ser o prefeito em dois mandatos consecutivos.

Infraestrutura

“Estamos fechando o último bairro para que Sarandi tenha 100% de suas ruas asfaltadas”, destaca o prefeito, frisando que quando assumiu existiam ainda 12 bairros sem pavimentação, sua administração já asfaltou 11 e agora trabalha no Nova Independência, o único bairro de Sarandi ainda não totalmente pavimentado.

A pavimentação asfáltica deve chegar a 100% da área urbana em breve Foto: PMS

Alagamento, nunca mais

Sarandi era destaque na imprensa de Maringá a cada chuva forte. Em algum lugar aconteceria um alagamento, em muitos casos com as enxurradas chegando a um metro dentro das casas, destruindo móveis, eletrodomésticos e enchendo tudo de lama.

A atual administração implantou redes de galerias pluviais de acordo com a necessidade de cada bairro que convivia com alagamentos. O Jardim Santana, onde o caso era o mais grave, foi feita uma galeria gigantesca, com 2,30 metros de diâmetro, tubos tão grandes que é possível apostar uma corrida de motocicleta dentro deles, tubos do tamanho do problema e da solução.

Esgoto é saúde

“Uma das grandes preocupações desta administração é com o saneamento”, diz Volpato. “Esgoto sanitário, tratamento de efluentes, tudo isto tem reflexo direto na saúde da população”.

Segundo ele, quando assumiu a prefeitura, em 2017, a rede de esgoto sanitário de Sarandi se resumia a 8% da área urbana e hoje está chegando a 60% e até o começo de 2022 deve passar de 80%.

Os trabalhos avançam na área norte da cidade

Além da rede de coleta nas zonas norte e sul, o sistema de esgotamento conta também com duas estações de tratamento do material coletado, uma de cada lado.