Identificada mulher trans assassinada em Sarandi e teria cadáver enterrado em cafezal

Identificada mulher trans assassinada em Sarandi e teria cadáver enterrado em cafezal

26 de novembro de 2023 0 Por Luiz de Carvalho

A mulher trans que foi assassinada em Sarandi há alguns dias e ia ter o corpo enterrado em uma cova rasa em um cafezal aos fundos do Jardim Ana Elisa era Alejandra, uma travesti de Marialva, conhecida também em Marialva e Sarandi.

A identificação foi informada pela Polícia Civil de Sarandi com base em dados levantados pelo seu Setor de Identificação e o Instituto Médico Legal (IML) de Maringá. Alejandra tinha 22 anos e seu nome de registro era Carlos Raphael Tavares Camargo.

A travesti foi morta a tiros. A necrópsia confirmou penetração de balas no tórax e no abdomen. O assassinato aconteceu alguns dias antes da descoberta da polícia.

Suspeitos presos em flagrante


Três homens foram presos e dois menores apreendidos pela Polícia de Sarandi como suspeitos da morte de Alejandra na noite de quinta-feira, 23, e tentativa de ocultação de cadáver.


Os suspeitos só não conseguiram ocultar o corpo pela coincidência de uma viatura da Polícia Militar passar pelo local no momento em que terminavam a abertura de uma cova rasa.


Uma viatura da Rotam fazia o patrulhamento rotineiro quando os policiais perceberam pessoas tentando se esconder em um cafezal aos fundos do Jardim Ana Elisa, na Rua Barão de Mauá, zona sul de Sarandi. Algumas pessoas estavam pulando um muro, uma delas com uma enxada na mão.


Ao serem alcançados pelos policiais, os indivíduos mostraram grande nervosismo e não conseguiram justificar o porquê de correrem ao verem a polícia. Mas, bastou uma ronda no local e os militares encontraram uma cova aberta no cafezal, uma pá e um saco de cal. A alguns metros dali, a polícia encontrou o corpo da travesti enrolado em um saco plástico.


A Polícia Científica constatou que a travesti estava morta já fazia alguns dias, com o corpo já em estado de decomposição, o que levou a polícia a supor que os indivíduos tentavam enterrar o corpo para que o odor não chamasse a atenção dos moradores das proximidades ou mesmo de pessoas que passam pela Rua Barão de Mauá.


O delegado Adriano Garcia disse que a prisão dos suspeitos tentando fazer a ocultação do corpo é um passo importante para que o caso seja desvendado.