Multas da prefeitura de Sarandi contra a RUMO já passam de R$ 100 mil
24 de abril de 2023A empresa RUMO Logística, concessionária da malha ferroviária na região de Maringá e vem sendo criticada pelo grande número de acidentes envolvendo seus trens e carros, em muitos casos matando pessoas, já acumula R$ 103.110 em multas aplicadas pela Prefeitura de Sarandi por não executar a conservação das margens dos trilhos no trecho que corta a cidade. A prefeitura vai continuar aplicando muitas contra a RUMO enquanto a empresa não cumprir sua obrigação. São 4,5 quilômetros de extensão, distância que dobra considerando os dois lados da ferrovia.
Situação parecida acontece também em outras cidades cortadas pela linha férrea, onde a RUMO fica com a obrigação de cuidar da faixa de domínio, mas não cumpre. Cortando o Brasil de norte a sul em mais de 14 mil quilômetros de trilhos, as multas contra a Rumo são constantes.
Parecem inofensivas, mas as ervas que crescem ao lado ou entre os trilhos de trem podem causar muitos problemas. Essas plantas, quando ficam secas, se transformam em material inflamável, provocando incêndios com muita facilidade. Além disso, elas podem impedir que pessoas percebam a aproximação da composição férrea, o que pode resultar em acidentes, como o ocorrido há pouco tempo em Jandaia do Sul, envolvendo um ônibus da Apae, em que cinco pessoas perderam a vida.
“Convertemos em multa as notificações feitas à empresa para que cumprisse com a obrigação de executar a limpeza do entorno dos trilhos”, afirma o secretário de Meio Ambiente, Flávio Silva. “Mesmo notificada a cumprir com suas responsabilidades, a empresa permanece omissa, nos restando aplicar e ampliar o valor das multas”.
A primeira multa foi de R$ 14.730, dobrou na segunda autuação (R$ 29.460) e esse valor agora foi multiplicado por dois, alcançando R$ 59.920. Acumuladas, as três multas somam mais de R$ 104 mil. Se não houver reação da empresa, o valor da próxima autuação será de R$ 119.840 mil e vai dobrando a cada autuação.
Caso a empresa não pague as multas e nem realize a conservação, não se descarta ação judicial para impor multa diária à empresa e, num segundo momento, estuda-se movimento jurídico ainda mais rigoroso, que poderia levar ao desfecho de proibir a passagem de composições pelos 4,5 quilômetros de trilhos que cortam o município.
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