Bolsonaristas golpistas agridem equipe de reportagem em Maringá

Bolsonaristas golpistas agridem equipe de reportagem em Maringá

25 de novembro de 2022 0 Por Redação

O grupo golpista que usa a frente do Tiro de Guerra de Maringá, na Avenida Mandacaru, para atos antidemocráticos, pedido a anulação da eleição presidencial em que o presidente Jair Bolsonaro foi derrotado no segundo turno e também intervenção militar, agrediu uma equipe da TV Maringá/Band na tarde desta quinta-feira, 24. Com xingamentos, empurrões e chutes, os repórteres Eduardo Leandro e Rafael Silva foram impedidos de fazer a reportagem e expulsos do local.

 

O grupo já tem outros episódios de violência, inclusive contra um servidor da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) e contra pessoas que passaram pelo local com adesivos do candidato Lula no carro. Manobrado pelos estrategistas de Bolsonaro, que se valem inclusive de muitas fake news, o grupo não se conforma de ter seu candidato derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, eleito presidente do Brasil pela terceira vez.

A reportagem se aproximou no local para mostrar as pessoas na frente do quartel mesmo sendo dia do primeiro jogo da Seleção Brasileira na Copa do Mundo.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Norte do Paraná (Sindijor Norte PR) e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) repudiam a violência contra dois jornalistas da TV Maringá e cobra providências das autoridades. Os profissionais apenas estavam fazendo seu serviço, como outros profissionais fizeram em todo o Brasil neste dia de participação do Brasil na Copa do Mundo.

As hostilidades começaram assim que a câmera foi erguida. Os agressores xingaram, empurraram e, até mesmo, deram chutes e tapas nos profissionais de forma covarde. Os trabalhadores faziam uma entrada ao vivo na versão regional do programa “Brasil Urgente”, quando as agressões aconteceram. Participantes do ato tentaram tapar a lente da câmera da emissora com bandeiras e bonés, impedindo a atuação dos profissionais.

 

Covardes e criminosos

No entender do Sindijor, esse comportamento é inaceitável e precisa ser definido como é. “Os responsáveis pelas agressões aos jornalistas são covardes e criminosos”, diz a nota do sindicato.

“Os profissionais registraram Boletim de Ocorrência e o Sindijor Norte PR e a FENAJ esperam que as autoridades policiais deem um basta à situação. O Tiro de Guerra fica ao lado da 9ª Subdivisão Policial de Maringá. À Polícia Civil, cabe fazer o seu trabalho. Há imagens, da própria emissora, que podem ajudar na identificação dos agressores. Essas pessoas devem ser levadas à justiça”, continua a nota.

 

Ato golpista

Desde o segundo turno da eleição presidencial deste ano, com a vitória nas urnas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) têm fechado rodovias federais, estaduais e se reunido em frente a quartéis e áreas do Exército Brasileiro. Em atos antidemocrática, eles pedem por “intervenção militar ou federal”, pautas ilegítimas que atentam contra o estado democrático de direito.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não tem se omitido e solicitado que esses atos sejam dispersados, seus financiadores identificados, multados e até presos.

“Sindijor Norte PR solidariza-se com a equipe da emissora maringaense; não existe democracia sem liberdade de imprensa”. O Sindijor Norte PR recomenda que jornalistas não deem espaço para esses tipos de ato que atentam contra a democracia. É fato que muitas emissoras, inclusive de Maringá, têm orientado que profissionais não se aproximem desses ambientes. O Sindicato solicita que as empresas de comunicação sigam preservando a integridade física e moral de seus trabalhadores.