Morador da região, Antonio Carlos Pimentel morre afogado em Porto Rico

Morador da região, Antonio Carlos Pimentel morre afogado em Porto Rico

20 de novembro de 2022 0 Por Luiz de Carvalho

Um homem morreu afogado na tarde deste sábado, 19, na Praia Santa Rosa, uma praia natural no Rio Paraná, no Balneário Porto Rico. As circunstâncias ainda estão em investigação, mas já sabe-se que Antonio Carlos Pimentel estava com um grupo de pessoas e chegou a ser socorrido por pessoas que estavam no local, mas sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu antes da chegada dos bombeiros.

Antonio Carlos Pelogia Pimentel tinha 30 anos e, embora sua família more em Cambira, ele vivia na comunidade rural Caixa de São Pedro, às margens da PR-444, entre Mandaguari e Apucarana. O velório acontece neste domingo em Cambira e o sepultamente acontece às 9 horas em Caixa de São Pedro.

 

Veranistas devem redobrar cuidados

A morte de Pimentel está servindo para que o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar reforcem a necessidade de cuidados redobrados  nos balneários do Rio Paraná. Com a proximidade do verão, o período de muito calor provoca o aumento de pessoas nas praias dos rios, porém nem todas adotam as medidas de proteção necessárias e muitas vezes o descuido e os abusos levam a acidentes, podendo resultar em mortes.

A Praia de Santa Rosa, onde Antonio Carlos Pimentel se afogou, recebeu 50 mil pessoas somente no mês de janeiro deste ano, segundo informações da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest).

morre afogado

Em um mês de temporada, Praia de Santa Rosa, em Porto Rico, recebe 50 mil veranistas Foto: Alessandro Vieira/SEDEST

 

Dados da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) mostram que, apesar de rios terem uma condição menos agitada, 54% dos afogamentos registrados no Brasil acontecem nessas regiões. Isso se deve a vários fatores que podem ser causados por fenômenos naturais ou por irresponsabilidade humana.

De acordo com a porta-voz do Corpo de Bombeiros, capitã Keyla Karas, a correnteza dos rios, associada à turbidez da água e a irregularidade do solo, oferece risco inerente aos banhistas. “Esses fatores acabam ocasionando acidentes porque a pessoa, além de cair em um local onde ela não consegue se manter em pé, ainda tem a força da água que pode predispor ainda mais uma situação de afogamento”, explica.

Os cuidados se repetem quando o veranista procura cachoeiras para se banhar. Segundo a porta-voz do Corpo de Bombeiros no Verão Paraná na Costa Leste, tenente Ana Paula Inácio de Oliveira Zanlorenzzi, as pessoas podem frequentar esses locais, desde que com os devidos cuidados, pois eles não são protegidos frequentemente por guarda-vidas.

“Existem alguns cuidados que as pessoas podem adotar para evitar acidentes. O primeiro é conhecer a região, pois geralmente são terrenos acidentados, não protegidos constantemente e podem ocasionar acidentes. As pessoas também não devem pular da água usando pedras para saltar, pois não conhecem o fundo da água e podem sofrer alguma lesão. Além disso, mesmo que a pessoa saiba nadar o local pode ser muito perigoso devido a profundidade e outras características”, afirma.

 

O perigo da Cabeça d’Água

Para quem gosta de rios próximos às regiões de serra, além de todos os cuidados é preciso estar sempre alerta às cabeças d’água, fenômenos naturais provocados por chuvas volumosas no alto das montanhas, onde estão as nascentes.

Keyla explica que essas chuvas, na maioria das vezes, caem muito distante de onde estão os banhistas e as cabeças d’água chegam sem que haja tempo de alerta das autoridades ou de identificação por algum outro meio. “Elas oferecem risco pela força com que descem a correnteza, e que acabam levando as pessoas. Como o volume aumenta de repente, na maioria das vezes a pessoa não consegue se salvar”, afirma.

Para quem não conhece regiões onde esse fenômeno acontece, é preciso estar atento a fatores como a mudança repentina da cor da água, o aumento de folhagens e galhos descendo pela correnteza, além de barulhos causados pelo aumento repentino no nível do rio nas áreas mais altas das serras.

Se identificada alguma dessas condições, o banhista deve sair da água imediatamente. Ao presenciar uma situação de afogamento, o cidadão deve seguir as recomendações do Corpo de Bombeiros.

“Em caso de afogamento, a orientação é que ninguém tente realizar o salvamento sozinho. Temos inúmeras situações de pessoas que tentam salvar alguém que está se afogando e acabam se tornando outra vítima. O correto é que se disponibilize algum material flutuante para pessoa que está em perigo, como uma boia, uma garrafa plástica, ou algo que a mantenha na superfície, e acione o mais rapidamente o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193”, orienta.

 

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