Primeiro caso de varíola dos macacos no Paraná é confirmado pela Saúde

Primeiro caso de varíola dos macacos no Paraná é confirmado pela Saúde

3 de julho de 2022 0 Por Luiz de Carvalho

O primeiro caso confirmado no Paraná de varíola dos marcacos, a monkeypox, é de um homem de 31 anos, morador em Curitiba, com histórico de viagem a São Paulo entre os dias 16 e 18 de junho.

A confirmação foi feita pela Secretaria Estadual da Saúde na manhã deste domingo, 3, alertando que estão em análise casos suspeitos das cidades de Cascavel e Londrina.

As amostras dos suspeitos foram coletadas e encaminhadas para o Laboratório Central do Estado (Lacen/PR), responsável pela articulação com o Ministério da Saúde para envio ao Laboratório de referência para casos desta doença, em São Paulo.

A varíola do macaco é uma doença viral e a transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato com lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos recentemente contaminados. A infecção causa erupções que geralmente se desenvolvem pelo rosto e depois se espalham para outras partes do corpo.

 

Casos de monkeypox aumentam em todo o Brasil

 

O Ministério da Saúde informou neste domingo (3) que, até o momento, 76 casos de varíola dos macacos (monkeypox) foram confirmados em todo o país. Desse total, além do caso do paranaense de Curitiba, foram registrados um caso no Distrito Federal, um no Rio Grande do Norte, dois em Minas Gerais, dois no Rio Grande do Sul, dois no Ceará, 16 no Rio de Janeiro e 52 em São Paulo.

“A pasta, por meio da Sala de Situação e Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS Nacional) segue em articulação direta com os estados para monitoramento dos casos e rastreamento dos contatos dos pacientes”, disse o ministério.

 

O que é a varíola dos macacos

 

A pasta acrescentou que a monkeypox é uma doença viral, que causa erupções que geralmente se desenvolvem pelo rosto e depois se espalham para outras partes do corpo, incluindo os órgãos genitais. A transmissão entre humanos ocorre, principalmente, por meio de contato pessoal com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos recentemente contaminados.

“Os casos recentemente detectados apresentaram uma preponderância de lesões na área genital. A erupção cutânea passa por diferentes estágios e pode se parecer com varicela ou sífilis, antes de finalmente formar uma crosta, com posterior cicatrização. Quando a crosta desaparece, a pessoa deixa de infectar outras pessoas”, disse, destacando ainda que o período de incubação é de 6 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias.

 

Principais sintomas

 

Segundo a secretaria, entre os sintomas estão febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, adenomegalia [aumento de tamanho de glândulas], calafrios e exaustão. “Em caso de suspeita da doença, o paciente deve ser isolado até o desaparecimento completo das lesões. O tratamento é baseado em medidas de suporte, com o objetivo de aliviar sintomas, prevenir e tratar complicações e sequelas”, indicou.

O homem, que foi internado na quarta-feira (8), em um hospital particular da cidade, não é morador de Macaé, mas foi levado para a unidade depois de desembarcar de plataforma de petróleo. Conforme a secretaria municipal, a internação acompanhou o protocolo de isolamento até o fechamento do diagnóstico.


Os principais sintomas envolvem febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfadenopatia, calafrios e fadiga.